27/01/2011

3 perguntas para... Alessandra Negrini

Alessandra Negrini:
Alessandra Negrini: "Eu não posso interpretar personagens que julgue inadequados para mim"


Em 1995, a atriz paulistana Alessandra Negrini mudou-se para o Rio de Janeiro para estrelar a minissérie “Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados”. Desde o ano passado, porém, ela tem visitado São Paulo regularmente, quis voltar a trabalhar por aqui e chegou a comprar um apartamento nos Jardins. Alessandra, de 40 anos, estreia no sábado (29) o espetáculo “A Senhora de Dubuque”, ao lado de um elenco de atores da cidade, entre eles seu namorado, o ator Sérgio Guizé.

VEJA SÃO PAULO - A que se deve essa redescoberta de São Paulo?
Ficou complicado morar no Rio de Janeiro. Lá eu vivo vigiada por fotógrafos, mas gosto de festas, de andar pela rua, de me misturar... Essa falta de privacidade me incomoda muito. Então percebi que não existe essa perseguição por aqui e gostei de me sentir livre de novo, uma pessoa comum. Eu comprei um apartamento nos Jardins, reencontrei amigos e veio o convite para a peça. Desde que me mudei para o Rio, nunca tinha participado de um espetáculo em São Paulo.

VEJA SÃO PAULO - Você está fora das novelas desde “Paraíso Tropical”, de 2007, e recusou participar de “Passione”. Não existe uma pressão da Rede Globo para voltar ao ar?
Eu não posso interpretar personagens que julgue inadequados para mim. Gravar uma novela é muito desgastante. Você perde a identidade. Acabo passando quase um ano dedicada à personagem, sendo apontada na rua como outra pessoa e trabalhando demais. É preciso dar intervalos para fazer outras coisas, inclusive na TV, como a série “As Cariocas”, da qual eu participei em dezembro.

VEJA SÃO PAULO - Existe um incômodo por ter ficado conhecida como atriz de televisão?
Sou muito grata à TV. Tive a chance de aprender com gente experiente e defendo a ideia de que é possível, sim, criar bem naquele ritmo acelerado. Mas não sou uma atriz de TV. Pelo menos essa nunca foi minha intenção. Devo lançar dois filmes, “Violeta” e “Dois Coelhos”, em breve. E tenho me cobrado produzir teatro. Já é hora de escolher meus personagens e não depender de convites, mas sou desorganizada e acho aflitiva tamanha responsabilidade. Ainda tenho uma casa e dois filhos (Antônio, de 14 anos, e Betina, de 7).

Fonte: http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2201/alessandra-negrini-3-perguntas-para


Um comentário:

Regina disse...

Concordo que fotógrafos que invadem a privacidade são inconvenientes, mas daí a generalizar que todo mundo quer fotografá-la para vender as fotos é "se achar" demais. Já fui muito fã da Alessandra Negrini, agora não mais. Desde uma grosseria dela em uma pousada em Paraty. Eu a reconheci no café-da-manhã e tive muita vontade de cumprimentá-la, dizer que era fã e que admirava seu trabalho, mas me contive por não querer incomodar e tb por estar envergonhada (foto? nem pensar!). Tomamos o café em paz e cada um saiu na boa. Mais tarde, como estava perto do check-out, quis tirar umas fotos dentro da pousada por ser muito bonita pelo valor histórico. Estávamos lá eu e meu marido nos fotografando e os objetos, quando abre a porta de um quarto em frente a gente, e sai a Alessandra Negrini e o namorado Otto (na época). Na mesma hora ela voltou correndo pro quarto e ficou sentada na cama olhando pra gente e reclamando, e o Otto, coitado, parado na porta esperando. Demorou pra cair a ficha de que ela estava fugindo da gente, fiquei chocada! Em momento algum dei a entender que queria fotografá-la ou falar com ela. Então, saí de perto do objeto que fotografava, que ficava na reta do quarto onde ela estava, demonstrando que não queria nada com ela. Acho que o Otto percebeu e falou pra ela sair. Dei um tempo para fechar minha conta justamente para não topar com a antipática na recepção, pq eles tb estavam saindo com as malas. Enfim, fiquei muito decepcionada e magoada com minha (ex-) ídola por ter dado aquela crise de estrelismo. Ah, fala sério, não me diga que não dá pra perceber qdo se trata de paparazzi? Pelos modos e o equipamento fotográfico percebe-se qdo é profissional e pessoa comum. E no meu caso uma (ex-) fã discreta, com uma máquina minúscula, que nem olhava pra ela. Gostaria muito que ela relembrasse desse fato e repensasse na forma como julga precipitadamente as pessoas. Se não fosse tão esnobe e levasse mais na esportiva, talvez não fosse tão “perseguida”, como diz, pelos paparazzis da vida.
Obrigada pela atenção.
Regina - RJ